Medicamentos são produtos farmacêuticos com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins diagnósticos, e são disponibilizados aos consumidores através do setor público ou privado. Contudo, o descarte de medicamentos não utilizados ou vencidos pode ser prejudicial ao ambiente e à saúde pública.
Por que o brasileiro acumula tantas sobras de medicamentos?
Começa pela dispensação em quantidades superiores às necessárias para o tratamento, situação que pode ocorrer por causa da prescrição incompleta ou incorreta; passa pela falta de conferência da prescrição, no momento da dispensação; pelo erro por parte do dispensador ou pelas apresentações não condizentes com a duração do tratamento, juntamente com a não implantação do fracionamento de medicamentos pela cadeia farmacêutica. Some-se a esse fator a interrupção ou mudança de tratamento, as amostras-grátis distribuídas pela indústria (em muitos casos, os medicamentos não são usados e perdem a validade) e o gerenciamento inadequado de estoques de medicamentos por parte das empresas e estabelecimentos de saúde. Outro fator que contribui para o acúmulo de sobras é a carência de informação da população sobre a promoção, prevenção e cuidados básicos com sua saúde.
Os meios de descarte de medicamentos mais adotados pela população brasileira compreendem o lixo doméstico (juntamente com sobras de alimentos e demais resíduos), o vaso sanitário ou a pia. Há pouco conhecimento da população sobre meios seguros para o descarte de medicamentos não utilizados.
Descartar aleatoriamente medicamentos que não estão em uso, que perderam a validade ou que estão sobrando é um ato perigoso que pode custar muito caro à saúde das pessoas, levando a reações adversas graves, intoxicações e outros problemas, sem contar as agressões ao meio ambiente, por meio da contaminação da água, do solo e de animais.
Medicamentos descartados de forma incorreta ficam no ambiente por diversas gerações, fator esse que contribui para a degradação do meio e o aumento da poluição.
Aproximadamente 20% dos medicamentos utilizados pela população brasileira são descartados em lixo doméstico ou lançados na rede de esgoto. Dessa forma, é essencial que se tenha ações de educação em saúde e gerenciamento correto dos resíduos farmacêuticos de forma a minimizar o descarte inadequado dos medicamentos. Isso inclui medidas que incentivem o uso racional e fracionamento de medicamentos e também ações como recolhimento e tratamento dos resíduos domiciliares, evitando que esses sejam descartados em lixos ou nas redes de esgoto.
Pensando neste problema, a Faculdade de Juazeiro do Norte mantém um coletor de medicamentos vencidos destinado a ser uma referência de educação ambiental para a comunidade local na perspectiva de fortalecer o pressuposto de uma sociedade sustentável.
O projeto desenvolvido pela FJN já coletou mais de duas (2) toneladas de medicamentos que foram encaminhados para a incineração.
As ações desenvolvidas pela FJN para coletar e descartar adequadamente os medicamentos estão alinhadas ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 12 da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, que trata do Consumo e Produção Responsáveis. Esse ODS propõe o manejo ambientalmente correto dos produtos químicos e todos os resíduos (dentre eles os medicamentos) ao longo de todo o ciclo de vida destes.
Entregue seu medicamento vencido ou em desuso na FJN e deixe o resto por nossa conta!