O conhecimento adquirido nas aulas de Anatomia fez Edinaldo conseguir colocar em prática e ter êxito na construção e elaboração da órtese para o animal
Por Aline Malta
O estudante do 4º período do curso de Medicina Veterinária da UNIJUAZEIRO – Centro Universitário de Juazeiro do Norte, Edinaldo Pereira, desenvolveu um equipamento com materiais reciclados para ajudar uma cadela de rua que foi atropelada. Amora, como é chamada, foi levada para o Centro de Zoonoses por Eliziane Lucena, diretora do local, onde foi descoberta uma fratura proximal do fêmur esquerdo.
Por ela ser um animal de rua e não ter nenhum tutor, Ednaldo, junto com as veterinárias do centro, tiveram a ideia de tentar fazer um equipamento para aliviar as dores da cadelinha. “O ideal para Amora era passar por uma cirurgia, mas como isso não é possível porque ela não tem um tutor, então surgiu a ideia da fazer a órtese canina, justamente pela necessidade de ajudar, a fim de minimizar o sofrimento dela. Então, eu fui para casa e lá tinham disponíveis sobras de canos, comprei parafusos e porcas e comecei a construção. Ainda é um protótipo, mas será aprimorado por meio do desenvolvimento de um projeto de pesquisa em andamento”, afirma Edinaldo.
Órteses são aparelhos de uso provisório que permitem alinhar, corrigir ou regular uma parte do corpo. Eles auxiliam nas funções de um membro, órgão ou tecido para evitar deformidade e compensar insuficiências funcionais causadas por acidentes ou problemas de saúde. Ainda não existe órteses para animais no mercado e esse protótipo, desenvolvido por Edinaldo, pode ser o começo para a fabricação do equipamento no mundo pet.
O conhecimento adquirido nas aulas de Anatomia fez Edinaldo conseguir colocar em prática e ter êxito na construção e elaboração da órtese do animal. “Ele conseguiu aplicar os conhecimentos sobre o aparelho locomotor (ossos, articulações e músculos) para trazer uma solução adequada de um ponto de vista biomecânico e compatível com a situação. As órteses são suportes fixados externamente ao corpo do animal e são muito utilizadas para auxiliar na locomoção devolvendo uma certa autonomia e independência, bem como para imobilizar regiões lesionadas durante a recuperação. Elas amenizam a dor dando qualidade de vida ao paciente”, destaca Annielle Fernandes, Médica Veterinária e professora de da UNIJUAZEIRO.
Amora já está conseguindo andar e vem tendo uma recuperação positiva com da colocação da órtese juntamente com alguns medicamentos. Atualmente, ela está sob os cuidados de uma tutora provisória, mas aguarda para ser adotada definitivamente.